João Novochadlo, Leonardo Custódio e Lohann Coutinho
"O Veever é acessibilidade, é inclusão, é sentimento de pertencimento, é uma nova maneira de enxergar as coisas. O Veever é humano."
“O Veever é acessibilidade, é inclusão, é sentimento de pertencimento, é uma nova maneira de enxergar as coisas. O Veever é humano. “
O Veever é “um aplicativo mobile gratuito que utiliza tecnologia de microlocalização para facilitar a interação de pessoas com deficiência visual em ambientes internos e externos”. A ideia surgiu em um Hackathon da Prefeitura de Curitiba, em 2015, na época com 5 fundadores, permanecendo hoje a frente da startup João Pedro Novochadlo, Leonardo Custódio e Lohann Coutinho. Em 2019, eles estiveram no Rock in Rio, instalando 70 dispositivos para sanar a questão da autonomia da pessoa com deficiência visual dentro do evento.
João Pedro trabalhou em 2014 como voluntário no Instituto Paranaense de Cegos. Foi lá que ele percebeu que atividades simples, como pegar um ônibus, poderiam ser um grande desafio para eles. Por isso, o transporte público foi o primeiro desafio do Veever, e João explica como o aplicativo serve para orientação e direcionamento:
“De uma maneira muito prática, se eu instalo o dispositivo (beecons) em um ônibus por exemplo, o ônibus se aproxima do usuário e o usuário tem o aplicativo Veever instalado e ativado, ele sabe que ônibus está se aproximando, porque ele recebe o sinal desse dispositivo”.
Sobre o processo criativo do Veever, os fundadores contam que é uma cocriação com os usuários: “A gente cria com eles, e é um processo criativo muito legal, não só porque a solução se torna mais assertiva na entrega da funcionalidade, mas principalmente pelo sentimento de pertencimento que eles trazem pra gente”.
Depois de estabelecer uma rede de parcerias para implementar o uso do aplicativo, a ideia é ganhar novas proporções e se tornar um Instituto de Tecnologias Assistivas para alcançar também pessoas com outras necessidades especiais que podem ter a vida facilitada pela tecnologia, e destacam que “não se trata de trabalhar com acessibilidade porque é uma lei, se trata de trabalhar com acessibilidade porque é um direito do ser humano”.